Entre gerações e dimensões: a jornada de uma Baby Boomer que dança com o futuro.
Por Leila Navarro
Nasci em um mundo analógico. Vivi a máquina de escrever, o telefone com fio, o horário político e o medo da bomba atômica. Vi a chegada da televisão em preto e branco e da mulher à Lua. Quer dizer, quase. Sou Baby Boomer, mas me recuso a ser rotulada por um rótulo que não cabe mais em mim. Porque eu evoluí e o mundo também.
Hoje, transito por salas de reunião com CEOs da geração X, ensino Millennials a se desprogramarem e me conecto com a Geração Z e Alpha como se fosse parte do mesmo sistema operacional, mas sou diferente e é aí que está a graça porque ao invés de competir com o novo, eu o abraço.
Falo com robôs, crio roteiros com IA, viajo sem malas para mergulhar no futuro. Sou astronauta análoga, e talvez a única avó que ensina sobre AGI para os netos.
O mundo virou um remix de tempos. E eu virei remix também. Aprendi que não basta acompanhar tendências, é preciso cocriá-las. Ser protagonista, mesmo quando dizem que é hora de se aposentar. Quem disse? Eu me reprogramo todos os dias. Desinstalo o medo, atualizo a coragem e rodo a versão mais ousada de mim mesma.
E você? Que geração habita em você? Você nasceu em uma geração, mas será que vive nela?
Ou será que carrega uma colcha de retalhos temporais e comportamentais dentro de si?
Responda esse teste com sinceridade e descubra de que geração é o seu mindset atual.
1. Quando pensa em pesquisar algo, o que vem à sua cabeça?
A) Buscar em sua biblioteca ou perguntar para alguém mais experiente.
B) Pesquisar no Google.
C) Falar com a Alexa ou perguntar para o ChatGPT.
D) Pesquisar no Tik Tok.
2.Como você lida com mudanças?
A) Prefiro estabilidade. Se está funcionando, para quê mudar?
B) Me adapto, mas com um pouco de resistência.
C) Curto experimentar novidades, desde que eu entenda o porquê.
D) Se não mudou hoje, já tá velho.
3.Qual dessas frases você mais se identifica?
A) “Na minha época era melhor.”
B) “Tem que ter equilíbrio entre o novo e o tradicional.”
C) “Inovação com propósito me empolga.”
D) “Bora hackear o sistema e cocriar o novo!”
4.Em uma conversa sobre IA, você:
A) Fica calado(a), prefere não se meter no assunto.
B) Opina, mas ainda desconfia bastante.
C) Tem curiosidade e usa com moderação.
D) Já conversou com três IAs hoje e pediu uma música para uma delas.
Agora confira seu resultado:
Maioria A – Geração Raiz (Baby Boomer ou Tradicionalista)
Você tem valores sólidos, experiência e uma visão profunda da vida. Mas talvez esteja perdendo a chance de se atualizar com as ferramentas incríveis que existem hoje. O futuro precisa do seu olhar — e da sua coragem para mudar.
Maioria B – Geração Ponte (Geração X ou início dos Millennials)
Você transita entre o analógico e o digital com habilidade, mas ainda carrega o peso da comparação entre eras. Está na hora de parar de sobreviver à mudança e começar a liderar nela.
Maioria C – Geração Fluída (Millennials em modo aprendizado)
Você entende que o mundo está mudando e busca sentido antes de aderir. Você é a ponte entre o passado que ainda serve e o futuro que está sendo escrito. Siga explorando!
Maioria D – Geração Remixada (Z, Alpha ou uma alma futurista)
Você não se limita por rótulos. Aprende com todos, ensina quando precisa e já nasceu com um chip de reinvenção no cérebro. Continue assim e não esquece de olhar pra trás e honrar as gerações que vieram antes.
Moral da história: não importa quando você nasceu. Importa se você está se desenvolvendo com consciência, aprendendo com o passado, vivendo o presente e cocriando o futuro. Você é um remix. E o mundo precisa exatamente disso.
Mas, por que estou escrevendo sobre tudo isso? Porque não sou uma estudiosa de gerações. Sou uma navegadora do comportamento humano. E mais do que isso: uma provocadora da cultura que está nascendo agora, a cultura do ser humano digital.
Na Expo 2025 em Osaka, o tema é justamente esse: como criar uma sociedade centrada no ser humano em plena era da inteligência artificial. E é por isso que estou indo pra lá. Para ver com os próprios olhos. Sentir na pele. Me conectar com o que está por vir e trazer de volta provocações que façam sentido para líderes, executivos e empreendedores que querem estar no jogo e não só assistindo de fora.
O mundo está migrando de um modelo de controle para um modelo de consciência. De um modelo baseado em regras e paredes, para um modelo em código aberto, onde a colaboração é a nova competição. Onde a liderança não é mais sobre saber tudo, mas sobre aprender o tempo todo.
Se você sente que já não cabe mais no “tabuleiro” que te colocaram, talvez seja hora de empurrar as peças para fora dele. Se você sente que é de uma geração, mas atua com a alma de outra, talvez você também seja um remix, como eu. E se você ainda acredita que envelhecer é parar, deixa eu te contar: eu estou só começando minha versão 7.2.
Afinal, a longevidade não é só biológica, é cultural. É mental. É espiritual. É você decidir que vai continuar se atualizando como um software vivo, aberto e conectado com o tempo.
E que tempo é esse? É o tempo de ser humano. Digital, sim, mas profundamente humano.
Convite
Estou prestes a embarcar nesta jornada transformadora à Expo Osaka 2025, e decidi compartilhar cada momento desta experiência em tempo real. Através do meu close friends no Instagram, vou postar vídeos, stories e lives diretamente do Japão, um país que já vive em 2060 em muitos aspectos.
Não se trata apenas de mostrar tecnologias impressionantes, mas de compartilhar insights, reflexões e aqueles momentos de descoberta que podem mudar nossa forma de pensar e agir no mundo.
Se você deseja acompanhar esta jornada ao futuro e voltar com uma nova perspectiva, envie-me uma mensagem para saber como participar do close friends. Juntos, podemos explorar não apenas o que o amanhã reserva, mas como podemos participar ativamente na sua criação.
Saiba como fazer parte da Temporada Japão – Sociedade 5.0 em Ação com Leila Navarro: https://leilanavarro.com.br/reality-2060/
Leila Navarro é palestrante, escritora e especialista em desenvolvimento humano. Apaixonada por inovação e experiências transformadoras, ela acredita no poder dos encontros culturais para expandir horizontes e inspirar mudanças
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