Por Leila Navarro
O burnout deixou de ser um desafio restrito ao indivíduo e passou a representar um risco concreto para as organizações, comprometendo a saúde dos colaboradores, o desempenho das equipes e até a saúde financeira das empresas. Leia neste artigo um guia prático da Ergonomia Sensorial: a estratégia definitiva para combater o burnout e reter talentos
O custo invisível que já pesa no seu RH
Só nos primeiros quatro meses de 2025, as ações trabalhistas relacionadas a burnout cresceram 14,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O passivo estimado já chega a R$ 3,75 bilhões, com indenizações médias de R$ 369 mil por processo.
Além disso:
• Doenças mentais são a 2ª maior causa de afastamentos no Brasil, com média de 8,1 dias de licença.
• Os principais gatilhos para burnout são sobrecarga, conflitos com chefia e falta de autonomia.
• A perda de talentos por esgotamento afeta diretamente inovação, clima e resultados. Em outras palavras: ignorar esse cenário custa caro.
Por que as soluções atuais não estão funcionando
Salas de relaxamento, benefícios de bem-estar, palestras pontuais…
Apesar de bem-intencionadas, muitas ações falham porque tratam apenas a superfície. Elas não modificam o que realmente afeta o corpo, os sentidos e a percepção das pessoas no dia a dia.
O resultado? O colaborador até descansa momentaneamente, mas volta para um ambiente que mantém as mesmas fontes de estresse.
A nova abordagem: Ergonomia Sensorial
A Ergonomia Sensorial expande a ergonomia tradicional que foca no corpo físico para integrar os sentidos, a presença e o clima emocional como recursos estratégicos contra o burnout.
Ela atua em quatro pilares interdependentes:
1. Ambientes que acolhem os sentidos: luz, acústica, cores, texturas e integração com a natureza baseados em neurociência.
2. Rituais de pausa e transição: micro-momentos de presença para reprogramar o sistema nervoso.
3. Liderança Sensorial: líderes que percebem tensões não ditas e ajustam o clima emocional.
4. Tecnologia complementar: ferramentas digitais que apoiam a autorregulação, sem substituir o sentir.
Por que essa solução é moderna e urgente
• Está alinhada à nova NR-1, que inclui riscos psicossociais e saúde mental como obrigação legal.
• Responde à demanda por prevenção comprovada, não apenas medidas emergenciais.
• Integra ciência, vivência e cultura organizacional.
• Coloca o colaborador como protagonista da própria saúde e prepara líderes para um novo tipo de gestão.
Impactos já observados
Empresas que aplicam práticas inspiradas na Ergonomia Sensorial já registraram:
• Redução de afastamentos por esgotamento.
• Aumento de engajamento e criatividade.
• Clima mais colaborativo e empático.
Conclusão:
O RH preventivo é o que vai prosperar O RH do futuro não espera a crise, ele a previne.
A Ergonomia Sensorial é mais que um conceito: é uma estratégia prática para reduzir riscos, proteger talentos e criar ambientes de alta performance humana.
Se a sua empresa quer crescer sem adoecer, o momento de agir é agora.
Leia também a versão estendida deste artigo no Medium: https://medium.com/@leilanavarro/burnout-processos-e-perda-de-talentos-o-que-as-empresas-precisam-mudar-agora-95c77cfb7760
Sobre a autora
Leila Navarro é especialista em Saúde Integral, Liderança Sensorial e Cultura Regenerativa. Criadora dos conceitos de Ergonomia Sensorial, Inteligência Sensorial e Liderança Presente. Atua em empresas e eventos no Brasil e no exterior, unindo ciência, neurociência e experiência prática para provocar a reconexão entre corpo, emoção, propósito e tecnologia.
Redes Sociais:
https://www.instagram.com/leilanavarrooficial/
http://br.linkedin.com/in/leilanavarro