A IA Sentou-se à Mesa: A Presença que a Liderança na Era da Inteligência Artificial Não Pode Mais Evitar

Líder humano em destaque diante de elementos digitais, simbolizando liderança na era da inteligência artificial.

Por Leila Navarro

A liderança na era da inteligência artificial exige um novo tipo de atenção. No último domingo, me peguei observando uma cena curiosa. Entre a sobremesa e o café, todo mundo à mesa citava a IA como se fosse alguém da família:
“Perguntei pra IA qual era a melhor rota.”
“A IA corrigiu meu texto.”
“A IA me ajudou a resolver um problema no trabalho.”

Sem perceber, a inteligência artificial se tornou essa presença invisível. Não tem corpo, não ocupa cadeira, mas influencia decisões todos os dias. E foi nesse instante que percebi a verdadeira mudança que está acontecendo: a liderança na era da inteligência artificial não é mais um tema do futuro. É um convite urgente para repensarmos nossa humanidade no presente.

A IA não está entrando na rotina. Ela já está integrada nela. E isso exige outra conversa.

O que realmente está mudando para a liderança na era da inteligência artificial

Não precisamos inventar nada. Os fatos já são suficientes para provocar qualquer líder que queira exercer uma liderança forte na era da inteligência artificial.

1) A IA já participa de decisões de negócios em grande escala

Relatórios das mais respeitadas consultorias, como PwC, Deloitte e McKinsey, mostram que empresas ao redor do mundo já estão usando IA para tomar decisões cruciais: a prever demanda, definir preços, analisar riscos, avaliar performance e decidir alocação de recursos.

E isso não é sobre futuro. É sobre agora.

Um estudo da IBM (2024) mostra que 40% das empresas já substituíram ou transformaram funções humanas com IA. E 75% dos CEOs afirmam que a IA vai mudar radicalmente seus modelos de gestão nos próximos cinco anos.

Esse é o terreno em que a liderança na era da inteligência artificial está pisando: um ambiente onde decisões rápidas são tomadas por algoritmos e onde a velocidade virou padrão.

2. A IA já avalia comportamento humano de forma legal e ética

Ferramentas como a Microsoft Viva e outras plataformas de produtividade já fazem análises sofisticadas sobre o ambiente de trabalho: níveis de engajamento, padrões de colaboração entre equipes, risco provável de burnout, e bem-estar e tempo de foco.

Não é ficção. É tecnologia corporativa existente, usada declaradamente por grandes empresas globais para entender como as pessoas trabalham e se sentem. A IA está lendo os sinais que, muitas vezes, a liderança não vê.

Isso significa que, gostemos ou não, a liderança na era da inteligência artificial convive com sistemas que analisam comportamentos em tempo real.

3. A IA não substituiu líderes, mas mudou o que significa liderar

Os grandes relatórios de tendências apontam para a mesma direção, mas com uma clareza que precisamos honrar.

  • O Fórum Econômico Mundial, em seu relatório “Future of Jobs 2025“, não deixa dúvidas: as competências mais valorizadas são profundamente humanas. No topo da lista estão o pensamento analítico e o pensamento criativo, seguidos de perto pela empatia e a escuta ativa 5. Não se trata de uma lista para “líderes”, mas para todos os profissionais que desejam permanecer relevantes.
  • Instituições como o MIT e a Harvard Business Review ecoam a mesma mensagem em suas pesquisas: a IA não veio para nos substituir, mas para nos complementar 6 7. A verdadeira liderança na era da IA não é sobre gerenciar algoritmos, mas sobre liderar seres humanos que interagem com eles. A essência é esta: os humanos continuam indispensáveis, mas nossas responsabilidades estão sendo redefinidas.

Tudo isso é real, documentado e já está acontecendo.

O ponto central não é a IA. Somos nós.

Diante desse cenário, uma pergunta se torna inevitável:

O que um líder humano oferece que a IA não oferece?

Porque a IA entrega análise, velocidade e previsibilidade.
Mas ela não entrega interpretação emocional, leitura contextual, decisão ética, propósito, cultura, inspiração, presença.

E aqui está uma verdade pouco falada:
A IA não está roubando nosso lugar.
Ela está revelando o quanto havíamos nos distanciado da nossa própria humanidade.

Nunca estivemos tão conectados digitalmente e tão desconectados sensorialmente.
A velocidade é alta. Os protocolos são rígidos. Os processos são eficientes.
Mas estamos sentindo menos, percebendo menos, escutando menos.

E é justamente isso que ameaça a liderança na era da inteligência artificial. Não a IA.

A liderança humana exige coragem novamente

Coragem para sustentar presença num mundo que acelera.
Coragem para sentir num mundo que automatiza.
Coragem para orientar pessoas, não apenas indicadores.
Coragem para escolher o caminho ético quando os dados sugerem o contrário.

E é aqui que entra a pergunta que norteia meu trabalho hoje:

Como recuperamos nossas capacidades humanas em um mundo que está terceirizando tudo para a inteligência artificial?

Minha resposta está no que venho chamando de Inteligência Sensorial, uma competência essencial para qualquer pessoa que deseja exercer liderança na era da inteligência artificial com profundidade, clareza e humanidade.

Profissionais reunidos em ambiente corporativo, simbolizando liderança na era da inteligência artificial com foco humano.

Convite: Aula Aberta sobre Inteligência Sensorial

O despertar humano na era da IA

A Inteligência Sensorial não é misticismo.
É ciência.
É fisiologia.
É antropologia.
É performance humana aplicada ao trabalho.

É a habilidade que evita que a IA decida por você e a habilidade que diferencia profissionais e líderes no novo modelo de mundo.

Se este artigo te provocou é porque você já sente que algo profundo está mudando.
E porque, assim como eu, você percebe que liderança na era da inteligência artificial exige novas práticas, novas percepções e novos acordos consigo mesmo.

Quero te convidar para explorar isso comigo.

Participe da minha Aula Aberta sobre Inteligência Sensorial, no dia 08/12, segunda-feira.
Clique aqui para se inscrever gratuitamente e receber o link da aula.

Venha despertar o que a IA não possui
e o que está adormecido em muitos humanos.

#PermaneçaHumanoComigo
Leila Navarro

Referências

IBM. (2024). Upskilling and reskilling for talent transformation in the era of AI. IBM Think Insights.
PwC. (2024). 2024 AI Business Predictions.
Deloitte. AI use cases by industry, function and type.
Microsoft. Wellbeing and Productivity Tools | Microsoft Viva Insights.
World Economic Forum. (2025). The Future of Jobs Report 2025.
MIT Sloan. (2025). New MIT Sloan research suggests that AI is more likely to complement, not replace, human workers.
Harvard Business Review. Collaborating with AI.

Sobre a autora 

Leila Navarro é especialista em Saúde Integral, Liderança Sensorial e Cultura Regenerativa. Criadora dos conceitos de Ergonomia Sensorial, Inteligência Sensorial e Liderança Presente. Atua em empresas e eventos no Brasil e no exterior, unindo ciência, neurociência e experiência prática para provocar a reconexão entre corpo, emoção, propósito e tecnologia.

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