O fim de ano está logo aí…
Em um piscar de olhos, novembro se despediu, e agora nos encontramos imersos no clima natalino, ou talvez ainda nos recuperando dos impactos da Black Friday. Nesse turbilhão de acontecimentos, é oportuno explorar as mudanças que o final do ano traz, confrontar a ansiedade que permeia nossos dias e, sobretudo, considerar como podemos nos desvincular da Matrix digital para abraçar a vida presente.
Curiosamente, nesta Black Friday, os itens mais vendidos foram ar-condicionado e ventiladores. Enquanto nos adaptamos ao calor que assolou nossos dias, nos preparamos para uma nova realidade climática, uma nova estação na nossa jornada terrena. Se o mundo já era paradoxal, ambíguo e complexo, eu asseguro que este “clima” ainda continuará em 2024.
Este ano foi repleto de eventos marcantes, mas, em minha esfera, as vozes mais altas eram de ansiedade diante das mudanças climáticas, do temor da IA impactando nossas vidas, e da epidemia de Burnout. A ansiedade, um espectro que atinge mais de 260 milhões de pessoas globalmente, encontra solo fértil no Brasil, sendo o país com a maior parcela da população ansiosa, cerca de 9,3%, segundo a OMS. Novos dados revelam que 86% dos brasileiros enfrentam algum transtorno mental, como ansiedade e depressão.
Essa loucura contemporânea traz à mente a Matrix, uma obra cinematográfica que ecoa em nossas rotinas. Podemos analogamente associar nossa existência a estar “plugados” e sugerir o desplugar como uma jornada para a vida real. Mas o que significa estar desplugado? É se sentir, se perceber, se conectar consigo mesmo, é meditar, é silenciar.
Para mim, este final de ano representa uma imensa oportunidade de escapar da Matrix digital e abraçar a realidade tangível. É um período propício para avaliar o que vamos conservar, o que deixaremos para trás e o que incorporaremos de novo à nossa existência.
Se nossas escolhas diárias moldam nossa vivência presente, o término do ano se destaca como uma época significativa para trazer o presente de 2024. O maior presente que podemos oferecer é guiar as pessoas a se presentearem com a plenitude do agora. Assim, mesmo que provocativa, esta sugestão busca presentear o presente, pois se a ansiedade surge ao vivermos excessivamente no futuro, e a depressão no peso do passado, este presente é uma dádiva merecida.
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Leila Navarro – Palestrante / Conselheira da Felicibilidade e da Futurabilidade / Nexialista & Gestão Biodigital
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