Por Leila Navarro
Em todos os momentos de caos e de grandes transformações, a criatividade é extremamente importante. Ela nos impulsiona a contornar, criar formas, estratégias e insights do que fazer para agir diante às incertezas. Para criar e inovar precisamos trabalhar além do processo criativo, nossa iniciativa, coragem, o saber se arriscar, experimentar, abandonar o medo do ridículo e desenvolver uma mentalidade de Waze. Primeiro saber onde você está, saber mais ou menos onde quer chegar, ter ao menos uma direção, mas no meio do caminho estar aberto a recalcular a rota quantas vezes for necessário e sobretudo aprender diante esse caminhar.
No pensar da criatividade hoje em dia, há um campo muito crucial, que na minha opinião é algo que deveria ser ensinado desde a pré-escola, chamado Design Thinking. Esse pensamento moderno nos evidencia ferramentas necessárias para resolver os problemas e lidar com o caos. É um mindset que precisamos ter e desenvolver para nós adaptarmos às mudanças com maior velocidade. Saber criar o caos, gerenciar o caos, transitar no meio do caos e jogar com o caos. Fica mais fácil de visualizar essa situação se imaginarmos como se fosse um jogo de tabuleiro, chamado O Jogo do Caos, indicado para todas as idades.
Todo trabalho criativo exige reflexão e a livre expressão de ideias e pensamentos. Nesse sentido, o Design Thinking é uma abordagem que permite olhar para a ponta antes de inovar, evidenciando três pontos:
– Empatia: é necessário ter uma relação com o problema e se colocar no lugar de determinada situação;
– Co-Criar: não tem como fazer uma criação sozinho, precisamos nos unir com outras pessoas, com ideias diferentes, com outros paradigmas e uma gama maior de referências;
– Prototipar: criar um modelo para iniciar o processo de execução e atuação do projeto.
Em Israel se você perguntar para uma criança de 4 anos de idade o que ela gostaria de ser quando crescer, a resposta é: CEO de Startup. É uma coisa extremamente interessante de se observar, pois ter uma mentalidade de Startup implica no fato de se apaixonar pelos problemas e com isso desenvolver soluções em escala exponencial. As crianças já são institucionalizadas a se apaixonar pelos problemas e não a rejeitá-los.
Outra habilidade crucial do século XXI é o Future Design. Seu objetivo é examinar o futuro e ser metodologicamente responsável por conduzir e analisar de maneira informada as mudanças que estão prestes a acontecer no mundo e nos próximos anos. Observar sinais sobre os fatores decorrentes do universo, do comportamento humano e através disso vislumbrar sobre o que poderá acontecer para investir em um determinado caminho. Você sabe como anda a sua criatividade? Consegue ter pelo menos uma idéia diária? O que você faz para alimentar seu processo criativo? Já reparou em que condições e momentos você tem as melhores idéias? Essas idéias são utilizadas única e exclusivamente na sua vida pessoal ou você compartilha com outras pessoas?
Esse incentivo à criatividade extrai boas soluções tanto para os negócios quanto para a sua própria vida e é uma grande arma para os momentos, que não são poucos, de crise, pressão e contingência. Ter idéias criativas é o mesmo que ter organização e boa análise dos acontecimentos que estão ao seu redor. É estar em pura sintonia com o universo de incertezas. Bem-vindo ao século XXI!