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Os relacionamentos como fonte de aprendizado

Por Leila Navarro

Compreender que tudo o que não é sucesso é aprendizado nos ajuda muito também nos relacionamentos. E, realmente, temos muito a aprender sobre nós mesmos no relacionamento com os outros.

Aponte o dedo indicador para a frente, estique o polegar para cima e dobre os três dedos restantes sobre a palma da mão. Esse gesto significa que aquilo que enxergamos no outro (indicador) existe três vezes mais em nós (dedos dobrados), e Deus é testemunha disso (polegar). Costumo usar essa imagem para que as pessoas compreendam que, se ficam incomodadas com a arrogância, o egoísmo, a indolência ou quaisquer “defeitos” dos outros, é porque também têm esses defeitos. O que nos incomoda no outro é, portanto, aquilo mesmo que temos dentro de nós e não apreciamos.

Veja como isso é verdadeiro. Vamos supor que você não se dê bem no trabalho com uma pessoa muito autoritária. Quando ela o agride com as costumeiras ordens, aos gritos, você sente que suas vísceras se contorcem de tanta raiva. Mas sabe por que esse sentimento aflora? Porque, no íntimo, é você que gostaria de dar as cartas naquele momento. É seu “eu mandão” que se incomoda com isso. Se não houvesse esse aspecto em você mesmo, não daria tanta importância ao fato de o outro ser autoritário. Simplesmente faria o que deve ser feito e depois diria a si próprio: “Eu, hein!”

Então, caro leitor, aceite o fato de que os outros nada mais fazem do que refletir seu interior, apontando os aspectos da personalidade que você precisa trabalhar.

Houve uma fase da vida em que a desordem do quarto de minhas filhas adolescentes me incomodava demais. Era coisa espalhada por todo lado: roupas, sapatos, livros. Peças limpas misturavam-se com peças sujas, um horror. Eu chamava a atenção delas para aquela baderna, mas diziam: “Feche a porta e você não verá mais nossa bagunça”. Eu retrucava: “Mas isso me incomoda até de porta fechada!” Fiquei nessa briga até me dar conta de que a balbúrdia do quarto delas me afetava porque eu estava num momento de desordem interior, com dificuldade de processar alguns sentimentos, de separar minha roupa limpa e passada das peças sujas e amassadas. Quando percebi isso e me harmonizei, aquela bagunça deixou de me incomodar. Hoje o quarto delas pode ter até ninho de barata, mas isso não me afeta mais.

Por outro lado, quando vemos nos outros aquilo que têm de melhor, mais nobre ou mais bonito, estamos exaltando as mesmas qualidades em nós próprios. Por isso costumo chamar as pessoas de “poderosa” ou “poderoso”, elogiá-las, reconhecer-lhes os pontos fortes. Se isso faz bem para mim, imagine para elas! Minha secretária, quando veio trabalhar comigo, era uma pessoa quieta e retraída. Comecei a chamá-la de “poderosa Laura” e ela foi ficando dia a dia mais à vontade comigo. Hoje é outra pessoa, mais alegre e descontraída.

Nos relacionamentos, devemos dar aquilo que gostaríamos de receber do outro. Se quisermos liberdade, ofereçamos liberdade. Se quisermos respeito, ofereçamos respeito. Se quisermos afeto, ofereçamos afeto. Demonstrações de afeto, em particular o abraço, são o que eu chamo de manifestações de “inteligência interpessoal”. Precisamos abraçar mais! Mas não me refiro àquele “abraço expectorante”, que é só tapas nas costas, nem ao abraço desajeitado de quem está carregando sacola, pasta, bolsa e laptop e mal consegue se aproximar do outro. Falo do abraço que aproxima coração de coração. Quanta energia nós trocamos num abraço como esse!

Relacionar-se é isto: sentir o outro, trocar com o outro, aprender com o outro, amar o outro. Para ter idéia de como estão seus relacionamentos, consulte os três “ibopes”: o familiar, o profissional e o social. Quando você chega em casa, a família o recebe com festa, com sorrisos ou com um chá de sumiço? No trabalho, você se sente reconhecido por suas habilidades? Sente que faz diferença no ambiente? Na vida social, tem sido convidado para festas e programas de lazer?

Somos espelhos uns dos outros, espelhos nos quais podemos enxergar tanto nossos defeitos quanto nossas qualidades. Quando compreendemos isso, os relacionamentos se tornam uma grande fonte de aprendizado e aprimoramento.

Aceite a diversidade humana

Se você está realmente disposto a aprender com seus relacionamentos, comece por aceitar a diversidade humana. Respeite os gostos, as opções, as crenças, a aparência, até mesmo as manias dos outros. Aceite cada um como é e estará aprendendo a se aceitar e a se amar também. Não é só você que é único: todos são, cada um a seu modo.

Para nós, brasileiros, isso talvez seja mais fácil do que para muitos outros povos. Em alguns países, infelizmente, há pessoas que se matam porque não têm o mesmo credo, não se casam com gente de outra nacionalidade nem deixam forasteiros morar em seu país. No Brasil não é assim: existem tantas raças, credos, cores e nacionalidades que convivem no mesmo solo. Se qualquer estrangeiro constituir família aqui, seus filhos já serão brasileiros. Há um pouco da diversidade humana em nosso DNA.

O mais desafiador, no entanto, não é aceitar o modo de ser e as opções das pessoas com quem mal convivemos: é fazê-lo com aquelas que nos são mais próximas.

Você cria sua filha única com todo o mimo, com todo o carinho, dá a ela o melhor estudo e o melhor preparo para a vida que está ao seu alcance. Sonha com a formatura dela, com o casamento, com sua casa cheia de netinhos corados e saltitantes. Um belo dia, sua adorada filha lhe comunica a decisão de abandonar os estudos e mudar-se para a Patagônia, onde trabalhará numa ONG que atua na preservação do ambiente reprodutivo dos pingüins. Que tal? Será que você vai ter um infarto ou vai respirar fundo e conseguir aceitar a escolha dela?

Talvez nunca lhe aconteça coisa tão extrema, mas mesmo assim você terá sempre de enfrentar situações que exigirão muito de sua capacidade de aceitar o modo de ser dos outros. Quem não tem uma pessoa difícil, uma “casca de ferida” em sua vida?

Certo dia, perguntaram-me o que faria para me relacionar com uma pessoa indelicada e temperamental, que me tratasse mal. Bem, se eu acredito não ter o direito nem a autoridade de tentar mudar ninguém, cabe a mim tomar uma atitude para que o relacionamento mude. Eu seria gentil com essa pessoa, daria um presentinho a ela, por exemplo. Eu a trataria bem independentemente de seus berros. Tentaria mudar o jogo para dar a ela uma oportunidade de mudar também. Mas, se nada disso adiantasse, paciência, eu deixaria de conviver com ela. Temos de reconhecer quando é chegado o momento de fechar uma porta porque às vezes é só isso que nos cabe fazer.

Há quem tenha sérios problemas de relacionamento com o chefe, por exemplo, mas insiste em ficar no emprego. Em vez de simplesmente entregar sua carta de demissão e partir para outra, mantém-se no trabalho e torce, intimamente, para ser demitido. Quando a demissão finalmente ocorre, a pessoa desabafa: “Está vendo? Eu não disse que ele era um chefe cruel? Acabou me demitindo, o desgraçado!”

Pense comigo: por que será que encontramos pessoas difíceis em nosso caminho? Porque também temos aquilo que nos incomoda nelas, e Deus faz as coisas de maneira tão integrada e maravilhosa que nos coloca uns na vida dos outros para que tenhamos a oportunidade de crescer. Quanto mais cedo percebermos isso, assumirmos a responsabilidade pela maneira como nos relacionamos e nos conscientizarmos de que essa história é nossa, melhor para nós.

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