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A mulher na hierarquia corporativa

Por que será que, em todo o mundo, quanto mais se sobe na hierarquia corporativa, mais rarefeita é a população feminina?
Já identifiquei quatro modalidades de resposta a essas perguntas: a desatualizada, a conservadora, a progressista e a inconformista.

Comecemos pela resposta desatualizada: “Mulher tem menos competência que o homem”. Chamo essa resposta de desatualizada porque, francamente, só quem continua com a cabeça no começo do século passado, quando a mulher começou a luta por seus direitos, pode dizer uma coisa dessas. A presença das mulheres em praticamente todas as profissões existentes e o brilho com que muitas delas exercem suas funções mostra que competência não é um fator determinado pelo gênero, mas uma qualidade do indivíduo. A realidade mostra que tanto o homem como a mulher pode ser competente.

Existe a resposta conservadora, que é: “O preconceito impede a ascensão da mulher no mercado de trabalho”. Não nego que esse preconceito exista. Já inventaram até uma expressão para denominá-lo no mundo corporativo, “teto de vidro”, ou seja, barreiras invisíveis na cultura das empresas que mantêm a mulher longe dos cargos com responsabilidade direta pelas operações. Mas por que chamo essa resposta de conservadora? Porque alegar que há “tetos de vidro” sobre as cabeças femininas não as leva a lugar algum. Há certo conservadorismo em dizer “é o preconceito e não tem jeito” e tudo continuar como está.

Existe a resposta progressista: “Algumas atitudes da mulher sabotam sua ascensão”. Ainda é um pouco raro ouvir essa resposta, mas pelo menos as mulheres já começam a despertar para comportamentos culturalmente herdados que atrapalham sua ascensão na carreira e desenvolver seu potencial para o sucesso.
Recentemente prefaciei a edição brasileira do livro de uma coach americana chamada Louise Frankel. Título do livro: Mulheres Ousadas Chegam Mais Longe. A autora lista nada menos que 101 erros que as mulheres cometem, a maioria deles inconscientemente, transmitindo uma imagem pouco favorável para sua candidatura à alta liderança nas empresas. Trabalhar pelos outros, por exemplo: a mulher tem a mania de achar que se não fizer certas coisas ninguém mais fará, então se mata de trabalhar e não cuida de outros aspectos importantes para a carreira. Só tem um detalhe: quem ganha promoções é quem apresenta o trabalho pronto, não necessariamente quem faz o trabalho. Outra coisa que a prejudica é sua dificuldade em fazer ou falar coisas que possam ferir os sentimentos dos outros. O nível de tolerância feminino às vezes é tão elástico que ela chega a encobrir as falhas alheias. Pois assim são muitas mulheres, que com freqüência priorizam as necessidades alheias em detrimento das suas, recusam-se a participar do jogo político das empresas, são compreensivas demais, solícitas demais…
Reconhecer essa situação é um grande avanço, e por isso chamei a resposta de progressista. Aqui há uma perspectiva de mudança, mas uma mudança que parte da própria mulher. Na medida em que ela identifica os comportamentos que a atrapalham na carreira, poderá transformá-los e atravessar o malfadado teto de vidro, que, aliás, é em parte sustentado por esses mesmos comportamentos…

Existe, por fim, a resposta inconformista: “A mulher não aceita sacrificar sua qualidade de vida por um alto cargo nas empresas”. Se para chegar ao olimpo corporativo é trabalhar 12, 14, 16 horas por dia, como faz a maioria dos executivos, algumas repensam suas prioridades e procuram meios de conciliar as demandas do trabalho com vida afetiva, tempo para os filhos, para o lazer e para ela mesma. Há as que brecam a trajetória profissional por vontade própria, há as que saem da arena corporativa para realizar um trabalho autônomo ou empreender um negócio, situação em que podem ser mais donas de seu tempo.

O interessante sobre essas respostas é que elas, de certa forma, reproduzem a trajetória feminina no mundo do trabalho. Houve um tempo em que a mulher era excluída desse mundo e suas competências nem eram conhecidas, quanto mais reconhecidas. Num segundo momento, ocupou espaço no mercado e conquistou posições nunca antes sonhadas, mesmo tendo de enfrentar o preconceito. Agora desperta para ajustes de comportamento, vai em busca do que lhe falta, sai do papel de vítima e assume a responsabilidade pelo seu sucesso. Por fim, se achar que o investimento na carreira não é compatível com o que deseja para sua vida como um todo, muda de planos, de empresa, de atividade. Acima de tudo, a liderança que realmente interessa para a mulher é sobre a própria vida.

Qual sua opinião sobre o tema? Você já identificou esses ou outros tipos de respostas?

2 comentários em “A mulher na hierarquia corporativa”

  1. Leila,
    Não sei onde vais enquadrar minha resposta, penso que em nenhuma das quatro modalidades…
    Penso o seguinte: Estamos num sistema controlador em que se reprime toda a forma de prazer e de felicidade. É um sistema de inteligência psicológica que manipula tanto o homem quanto a mulher. Na sociedade, a mulher é mais vital porque gera vida. Então, mantendo a mulher frustrada, ela gera frustração filhos, marido, etc). A única saída exitosa é a mulher, principalmente a mulher, lutar com ela mesma para conquistar a sua autonomia interna, a sua soberania de vida. Só assim ela garante, com o passar do tempo, a saúde física e psicológica para todos, uma hamonia e qualidade de vida. E, o homem, dar-se conta de que ele precisa a cordar e deixar de ser manipulador e serviço desse sistema que não é bom nem para ele, nem para a mulher e nem para a vida. Via de regra, o homem têm medo da mulher forte, da mulher que é autônoma, da mulher que é realizada. Mas isto é um jogo em que nenhum dos dois está consciente.

  2. Ana Salomé Martins

    Cara Leila,
    Tive a oportunidade de a ouvir ontem, 30/5, na sua conferência com a TALENTER, em Lisboa. Adorei. Acredito que possa vir a fazer a diferença na minha vida, é boa, mas que pode certamente ser muito melhor.
    Quanto ao artigo, acho-o absolutamente lúcido e verdadeiro.
    As mulheres começam a chegar à fase da escolha livre e activa…

    Um abraço,
    Ana Salomé

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