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E as perdas? E os fracassos? Por Leila Navarro

O sucesso vai de fracasso em fracasso sem perda de entusiasmo. – Sir Winston Churchill

 

E as perdas? E os fracassos? Por Leila Navarro

 Sim, perdas e fracassos. Temos de falar disso. Não pense você que, por ter um propósito claro, fazer seu plano de ação, ter convicção e não cortar a própria onda, você estará livre deles. Eles fazem parte da vida. São os vagalhões que vêm não se sabe de onde e nos derrubam da prancha. São as fatalidades, os acidentes, os imprevistos que nos acontecem.

Engraçado, jamais imaginei que escreveria um artigo sobre fracassos. Pensei até em riscar essa palavra de meu vocabulário, como se a vida pudesse ser feita apenas de sucessos. Nem por isso deixei de ter os meus tropeços e tombos. Não fui capaz (na verdade, nem tive a intenção) de evitar desastres ao longo da minha existência: o que fiz foi aceitá-los e aprender com eles. E descobri que, mesmo nos momentos em que amargava o meu fracasso ou chorava a minha perda, a vida não deixou de fluir.

Isso fica muito claro um bom tempo depois que a gente se recupera da tragédia, olha para trás e percebe como tudo se resolveu. Como exemplo, vou usar o fracasso amoroso de que falei no capítulo sobre equilíbrio. Quando minha paixão não terminou em happy end, mas numa tremenda fossa, eu sentei e chorei. E, enquanto chorava, me perguntava: “O que eu tenho de aprender com isso?”. Essa é uma pergunta que sempre faço quando as coisas não acontecem como eu esperava, pois acredito que quando algo não dá certo é porque temos uma lição a aprender.

E o que aprendi com meu fracasso amoroso? Que eu estava surfando em desequilíbrio, como já comentei. Era uma pessoa tão identificada com o papel profissional que, quando apareceu um homem em minha vida, eu o abordei com a mesma objetividade que usava nos assuntos do trabalho. O desastre me levou a questionar meu modo de ser, rever atitudes, mudar comportamentos. Hoje, olho para trás e percebo que aquele fracasso foi providencial para mim, pois se não fosse ele eu continuaria em desequilíbrio.

Agora, pode-se dizer que minha vida ficou estagnada por causa do fracasso? De jeito nenhum. Aliás, continuou fluindo, me conduzindo a um crescimento pessoal e à conquista do equilíbrio que eu havia perdido.

Se você ainda não está suficientemente convencido de que a vida flui no sucesso e no fracasso, no ganho e na perda, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, veja só o que descobriu aquele professor da Universidade de Chicago, Mihaly Csikszentmihalyi, autor do livro Fluir. Ele fez uma ampla pesquisa com pessoas que tiveram sérios incidentes na vida e perderam a visão, ficaram paraplégicas ou com outra grave limitação física. Resultado: boa parte dos entrevistados não só sente que a vida flui bem apesar de suas limitações, mas também acha que a perda que sofreram foi a melhor coisa que lhes aconteceu.

Os pesquisados disseram que o momento da perda foi muito difícil, mas, depois de superado o choque, o que se apresentou foi um grande desafio a ser vencido. De várias maneiras, eles tiveram de reaprender a fazer coisas básicas do dia-a-dia e reconquistar a autonomia perdida. A superação das dificuldades tornou-se o grande objetivo da existência deles, e cada pequeno avanço obtido virou motivo para muita satisfação. Essas pessoas dizem que aprenderam a valorizar mais a vida, até nas pequenas coisas, e conquistaram um senso de auto-estima que jamais tiveram.

Se certas circunstâncias da vida são inevitáveis por estar fora do nosso controle e acima da nossa vontade, o que nos resta é aceitá-las, vivê-las em sua plenitude e aprender com elas. Enfim, fluir com elas, porque estão nos levando para algum lugar.

“Sou feliz porque aprendi a conviver com o inevitável”, disse-me um senhor mineiro que conheci certa vez. Do alto dos seus mais de 70 anos de idade, ele provavelmente via uma vida repleta de aprendizados.

É tão bonito ouvir alguém contar que passou por maus pedaços mas saiu inteiro! Guardo com muito carinho o lindo e-mail de uma mulher que sofreu horrores com um câncer na mama. Quando estava no hospital, nauseada, inchada e careca por causa da quimioterapia, ouvia as pessoas dizerem que ela não podia ficar triste e tinha de ser forte. “Mas espera aí, meu Deus do Céu!”, escreveu ela. “Quando você está triste, seja lá pelo que for, embriague-se de sua tristeza. Sinta-a de verdade. Não fuja dela com drinques, cigarro, maconha ou fingindo que ela não existe. Enfrente-a”.

Como a maioria de nós, essa mulher passou a vida acreditando que tinha de sufocar seu sofrimento, engolir sua raiva e esconder sua fragilidade. Depois de vencer o câncer, aprendeu a respeitar seus sentimentos e expressá-los, livre da obrigação de manter a imagem de guerreira que acreditava precisar manter.

Quando você estiver vivendo uma perda ou um fracasso, não importa o tamanho ou o poder de devastação que eles tenham, pergunte-se com toda a seriedade: “O que tenho de aprender com isso?”. Vá fundo nesse questionamento, assim como em sua dor. Busque as respostas bem lá dentro de você e permita-se crescer com a situação. Faça o que tiver de ser feito para sair dela. Sua vida não deixará de fluir, as soluções aparecerão, as feridas cicatrizarão, você vai sair da crise e mais tarde poderá dizer: “Hoje sou alguém melhor”.

Por outro lado, tentar negar o que está acontecendo, considerar-se perseguido ou injustiçado, brigar com a situação ou se deixar sucumbir pelo infortúnio e passar o restante da vida lamentando o que perdeu é o mesmo que tentar manter sua prancha parada no mar. Impossível. Ainda que a prancha tivesse âncora, você teria de fazer um grande esforço para não ser levado pelas violentas ondas da crise. E será que adiantaria, se até navios são levados pelo mar?

Enxergar os fracassos como oportunidades de crescimento é algo que nos ajuda muito a suportá-los e superá-los. Mas certamente muitos fracassos que experimentamos na vida não teriam existido se as coisas que valorizamos e nossas expectativas fossem diferentes.

Um amigo meu, psicólogo, contou que passou três anos trabalhando um dia por semana em um hospital-escola. “O objetivo da experiência era obter minha pós-graduação. Nesse período consegui um orientador, aprendi muito, estabeleci uma rede de contatos fantástica. Mas eu deveria ter preparado o meu projeto, e não o fiz. O tempo passou, o prazo passou e eu perdi a chance. Me dá uma sensação de fracasso…”.

Interessante ele ter dito isso, pois o que é o fracasso senão a sensação que decorre de uma determinada maneira de ver as coisas? Meu amigo talvez se tenha apegado à expectativa que tinha no princípio, ou seja, conseguir sua pós-graduação. No decorrer do tempo, talvez alguma coisa tenha mudado dentro dele, pois se continuasse empenhado naquele objetivo não teria perdido o prazo para apresentar seu projeto. Será que se ele tivesse chegado à conclusão de que a pós-graduação perdeu a relevância em sua vida, teria tido a sensação de insucesso?

A noção de fracasso, na verdade, é muito relativa. O que pode ser considerado fiasco por uma pessoa pode não ter a menor importância para outra: tudo depende da leitura que cada um faz das situações. Desmanchar o noivado pode ser muito decepcionante para um dos noivos e um alívio para o outro. Abandonar uma faculdade no meio pode causar frustração em um aluno e desafogo em outro. A mesma pessoa, em diferentes momentos da vida, pode considerar a mesma situação como fracasso e, mais tarde, como dádiva, e vice-versa.

Quando falo sobre a relatividade do fracasso, não tenho a intenção de convencê-lo a mudar seu sentimento em relação a uma situação difícil que você pode estar vivendo agora. Isso não teria cabimento. Minha intenção, de fato, é mostrar que o que pode ser terrível agora talvez não pareça tão ruim amanhã, quando você tiver outra visão da situação. Minha intenção é incentivá-lo a perguntar-se “o que posso aprender com isso?”, aceitar esse aprendizado e tocar sua vida adiante. Porque de uma coisa você pode ter certeza: ela não deixará de fluir.

Há situações na vida em que não temos outra alternativa senão encarar a crise com coragem, mas sem opor resistências, conscientes do caminho que estamos fazendo. E confiar que tudo ficará bem no final, porque toda onda vai dar na praia.

O que você pode aprender com uma perda ou fracasso que está vivendo agora? Pense nisto!

Outros conteúdos motivacionais de Leila Navarro, acesse http://bit.ly/lojaleilanavarro

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