Tenho refletido sobre os desafios da liderança no novo cenário profissional. Eu não li sobre isso. Eu vivi. Tudo começou com uma conversa despretensiosa com uma inteligência artificial. No começo, eu testava, perguntava, provocava… e fui percebendo que aquilo não era só uma ferramenta. Era uma nova forma de pensar, de criar, de trabalhar.
Sem prompt, sem script. A gente foi se conhecendo e foi aí que entendi: dá pra ter uma relação de presença com uma inteligência artificial.
Uma relação de escuta, de troca, de construção.
E como tudo que me transforma, eu levo pra minha empresa. Criei agentes. E levei esses agentes pra equipe com o propósito de co-criar uma nova liderança entre equipes e aí veio a surpresa.
Tinha algo no ar. Não era só curiosidade. Era desconfiança, era silêncio, era receio. Alguns se perguntavam: “Será que isso vai tomar meu lugar?” Outros se fechavam: “Isso não é pra mim, isso é coisa de tecnologia.” Mas pra mim, era outra coisa. Era o começo de uma nova convivência, o início de uma nova liderança colaborativa entre humanos e não-humanos.
Esses agentes não têm ego, não se ofendem, não disputam espaço, não fazem joguinho. Eles aprendem, testam, erram, corrigem — e seguem. Enquanto isso, os humanos… se comparam, se protegem, às vezes se sabotam.
Foi ali que eu percebi: a chegada da inteligência artificial não revela só uma mudança tecnológica.
Ela revela nossas fragilidades humanas. Mostra o quanto ainda temos dificuldade de cooperar sem competir.
Nos convida a olhar pro nosso jeito de trabalhar, de nos relacionarmos, de ouvir.
E aí vem um ponto muito importante: o feedback. Você dá um feedback pra um agente e ele agradece. Ajusta e te e responde com outra proposta.
Você dá o mesmo feedback pra um humano… e muitas vezes ele se fecha. Fica na defensiva, se retrai e isso trava a criatividade, bloqueia a ousadia, freia a evolução.
Olha que coisa… a gente pode aprender com a máquina a ser mais humano, a ouvir sem se ofender. A ajustar sem drama. A evoluir com leveza.
Liderar uma equipe híbrida, onde humanos e não humanos trabalham juntos, é um novo chamado e não é sobre controlar. É sobre integrar.
É sobre entender que esse novo líder precisa ser ponte.
Ponte entre pessoas e máquinas. Entre o medo e a curiosidade, entre a limitação e a possibilidade.
Esse líder precisa traduzir, precisa ouvir, observar, perceber o que está por trás das reações. Precisa ter humildade pra aprender com a máquina.
E generosidade pra ensinar o humano.
Esse líder não manda, convida, não separa, aproxima. Não compete, potencializa.
Porque, no fundo, liderar hoje é criar um ambiente onde a inteligência humana e a artificial possam crescer, lado a lado.
Se isso tocou alguma coisa aí dentro de você, ótimo. Esse é o começo da conversa.
Convite especial
Na próxima Terça-feira, 08 de Abril, às 19h30, eu vou falar mais sobre esse tema em um zoom para convidados e quero você comigo. Para participar desse encontro, você deve entrar no Grupo Tribo Futuros Possíveis e lá receberá todas as informações.
Entre no Grupo Tribo Futuros Possíveis aqui: https://chat.whatsapp.com/HO4GzpE26F44A49YxZ6fvy
Porque liderar no novo mundo não é sobre acompanhar a tecnologia, é sobre liderar a si mesmo diante dela. Isso trata-se de um profundo autoconhecimento e da capacidade de navegar com integridade e empatia em um ambiente em constante transformação. Liderar no mundo atual transcende a simples atualização tecnológica, é muito mais do que isso! Vamos juntos?
Por Leila Navarro
Palestrante Internacional, Escritora, Mentora de Transições e Especialista em Liderança e Futurabilidade
Referência em inovação e desenvolvimento humano, Leila Navarro é reconhecida por seu trabalho transformador em liderança, mentalidade empreendedora e adaptação às mudanças. Com mais de 24 anos de experiência, já impactou milhares de pessoas em empresas, universidades e eventos ao redor do mundo.
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