Sororidade: Um olhar de afeto, respeito e união. É sobre amparar sem julgamentos e lembrar-se que Todas somos Feitas de Todas.
Em oito de março de 1857, tecelãs mulheres de Nova York realizaram uma marcha por melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária e igualdade de direitos. Uma das versões do desfecho dessa marcha é que as manifestantes teriam sido trancadas na fábrica pelos patrões, que atearam fogo no local, matando cerca de 130 mulheres. Quanta crueldade! E também não podemos nos esquecer da intolerância que fizeram com as mulheres detentoras da sabedoria da natureza, durante a inquisição e caça às bruxas. São fatos históricos!
Mas, o que eu quero dizer não foca a respeito de força física ou capacidade intelectual. Longe disso! Quero falar da capacidade de resiliência que todos nós temos por natureza. Apesar dos acontecimentos daquela época, as mulheres continuam lutando por condições mais justas e aí entra a resiliência, que é a capacidade de um indivíduo lidar com as situações, as dificuldades, as circunstâncias.
Estamos impactadas com tamanho terror que o povo afegão enfrenta nesse momento! Depois de uma Pandemia, agora estamos lidando com essa nova bomba no cenário mundial. Nem conseguimos imaginar tamanha violência, intolerância, estupro e abusos que mulheres e crianças estão sofrendo nesse exato momento no Afeganistão.
A força da mulher é inspiradora e isso não quer dizer que ela é um ser melhor ou pior que ninguém!
Num mundo tão veloz, com tantas mudanças, incertezas e movimentações inesperadas acontecendo em todos os setores da economia, na sociedade, nos padrões de comportamentos, a resiliência torna-se essencial para a sobrevivência humana. Nada mais é estável e essa “instabilidade” é algo que devemos aprender a superar… E isso pode ser feito com o exercício da resiliência. Cada um de nós já nasceu com essa habilidade. Nascemos com a inteligência da resiliência.
Por isso, esteja sempre disposto ajudar quem está passando por dificuldades. Tenha sempre empatia ao próximo, já que não sabemos o que o outro pode estar passando. E se todos nós, sem exceção, passasse por um furacão? Já imaginou?
A gente tem manicure marcada, o frango descongelado, mas nenhum cotidiano sobrevive a um furacão. E a gente só sabe disso quando vive. E se todos nós, sem exceção, passasse por um furacão pra ter que escolher entre ir e ficar. Correr ou esperar. Empacotar ou respirar. Com exceção das evacuações mandatórias, penso que não tem escolha certa e escolha errada. Mas que todo mundo devia parar pra pensar: “Vou ou fico?” “Tenho pra onde correr?” E, mais importante ainda, “tenho com quem correr?” Todo mundo devia passar por um furacão e falar com as pessoas com quem vive: “Eu quero ir.” “Eu não quero.” “Aqui é seguro.” “Mas eu não me sinto segura”. “Então eu vou sozinho.” “Eu não fico sem você.”
E se todos nós, sem exceção, passasse por um furacão? Você entende a intensidade disso? Então, por uma questão de sororidade e respeito a vida, vamos nos unir!
Quem me acompanha nesta vida de autora e palestrante pode ser que não saiba, mas trabalhei muito tempo com terapias alternativas. Quando era fisioterapeuta, não queria tratar “a tuberculose, mas, sim, o tuberculoso”. O que significa isso? Significa que eu não queria tratar a doença, mas a pessoa que estava sentindo a doença. E esta maneira de tratar gente faz toda a diferença! Por isso, vamos apoiar as mulheres do Afeganistão neste momento.
O Talibã podia tomar nossas canetas e nossos livros, mas não podia impedir nossas mentes de pensar.
– Malala Yousafzai
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Leila Navarro – Palestrante Internacional com foco em Comportamento e Motivação | Empresária | Startuper | Escritora | Mentora | Conferencista
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